Troquei de CMS novamente

Por Jean Hertel, 02/02/2017

cms , pelican , wordpress , performance

Olá leitores,

Migrei novamente de CMS, desta vez para um gerador de páginas estático conhecido como pelican.

Já tinha bastante curiosidade sobre o funcionamento e performance de um gerador estático e após alguns testes optei por utilizá-lo. Para quem acompanha o blog sabe que esta é a segunda vez que estou migrando de ferramenta, e vale uma explicação do motivo.

Minha primeira opção como ferramenta de CMS foi o drupal. Devo começar falando que ele é um CMS realmente bacana, com um código fonte legivel e todo baseado no moderno framework Symfony. O que me motivou a trocá-lo foi a sua performance realmente horrivel. Logo durante os testes/desenvolvimento percebi que localmente o CMS rodava muito lerdo, sempre engasgando em páginas simples e tarefas de pouco processamento. Pesquisei um pouco e percebi que ele não funcionaria bem sem um cache como o OPCache. Óbviamente isso vem ativado por padrão em todas as intalações recentes do PHP, então não vi isso como um problema.

Ele só se mostrou um problema de verdade quando realizei seu deploy na hospedagem. O serviço oferece php7 mas sem nenhum suporte a cache (sério isso!?). Busquei o suporte e depois de alguns bate e voltas com o suporte me dizendo que havia cache sim (somente Varnish) eles me informaram que não poderiam ativar o OpCache e que eu deveria comprar uma hospedagem Cloud, que custava cerca de 12x o valor que eu havia pago pela hospedagem “simples”.

Como a hospedagem já estava paga, a solução que adotei foi migrar de ferramenta, passando a adotar o famoso WordPress. Num primeiro momento foi tudo lindo e maravilhoso, com as páginas carregando realmente rápido, ao mesmo tempo que o Wordpress possui vários recursos out-of-the-box bem mais atraentes que o Drupal.

Após utilizar por cerca de 2 meses o WordPress, comecei a perceber os problemas que ele tem. Alem das atualizações constantes dos temas, plugins e do core, ainda sim existe uma certa lentidão em dados momentos. Existem também vários problemas de segurança e, por mais que eles sejam corrigidos, é chato ficar tendo que me preocupar em atualizar constantemente. Se você observar o código fonte do WordPress irá perceber que ele é realmente confuso. Acredito que este seja um dos motivos para tantos problemas que a plataforma enfrenta.

Optei por me aproveitar do que a hospedagem oferecia e utilizar o Varnish, migrando para um gerador estático.

Mas de tantas opções, qual escolher?

Me deparei com esta dúvida e cheguei até a um site com vários deles sendo listados. Como não tinha certeza exatamente de qual me atenderia, defini alguns requisitos:

Comecei a caçar e encontrei bastante opções. Por fim optei por adotar o Pelican, pois encontrei alguns blogs interessantes que já o utilizavam e me pareciam estar funcionando sem maiores problemas.

Após um simples processo de instalação e configuração estava tudo pronto para a escrita dos artigos. Agora tudo que eu preciso fazer é abrir um editor de texto, escrever um pouco de markdown e rodar o gerador.

Chega de me preocupar com lentidão na hospedagem e com atualizações constantes.